segunda-feira, 2 de julho de 2012

Fim de férias




Durante 25 dias, deixei-me guiar apenas pela vontade de cada momento e fiz só o que me apeteceu, sem horários nem obrigações. Durante todos estes dias, pude dar largas à preguiça, deitar-me ao sol, junto ao mar, passear, ler, escrever e dormir até não querer mais. Pude escolher ir só onde quis, quando quis e com quem quis. E, sobretudo, pude desfrutar da minha cidade, percorrendo ruas praças e jardins, devagar e atentamente, como se a visse pela primeira vez ou não a visitasse há muito tempo, passando horas junto ao rio, tirando fotografias como uma turista à descoberta de um novo lugar, revisitando locais perdidos no fundo da minha memória e descobrindo recantos e segredos ainda por (me) revelar.
Agora, quando toda a gente começa a ir de férias, regresso ao trabalho, ao rigor das horas marcadas  e dos deveres para cumprir, aproveitando ainda a praia dos Sábados de manhã e os finais de tarde de Verão, numa encantadora Lisboa meio vazia.

"Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára...

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso, faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara..." (Paciência, de Lenine)

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