quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Margarida



Conhecemo-nos há mais de trinta anos e quase chegámos a fazer parte da mesma família. Hoje, é uma das minhas amigas mais queridas e mais próximas, apesar da distância que nos separa e de, por não vivermos perto uma da outra, estarmos às vezes muito tempo sem nos vermos. Mas isso não altera nada. Quando nos encontramos, é como se nos tivessemos visto na véspera. O que denuncia a ausência é só o facto de não conseguirmos calar-nos e ficarmos sempre horas e horas a "pôr a conversa em dia". E, às vezes, muitas vezes, isso pode levar quase uma noite inteira. É que entre nós os assuntos nunca acabam, nem se esgotam. 
Somos muito diferentes e, no entanto, temos muito em comum, mil e uma histórias  de acontecimentos que já vivemos em conjunto, de piadas que só nós entendemos, de cumplicidades várias que se foram criando com o tempo. Sabemos tudo uma da outra. Quase tudo, se exceptuarmos aquela parte de secretismo que nunca se revela a ninguém. E conseguimos entender-nos, também, sem precisar de palavras, porque  já fazemos parte da história uma da outra e porque o que já vivemos, de bom e de mau, de alegria e de tristeza, nos tornou mais sábias, mais serenas e ainda mais amigas.
A Margarida é uma daquelas raras pessoas que pode estar longe da  vista, mas que está sempre colada ao coração.
Hoje faz hoje anos. Em nome da nossa velha e enorme amizade e de tantas memórias de todos estes anos, aqui fica uma canção que tem para nós um significado especial: Les copains d'abord!

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