quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Mãos


Uma grande parte do amor  é pele, toque, sensualidade pura.
Há muitas mãos nas nossas vidas, algumas verdadeiramente marcantes e inesquecíveis: há as que nos arrepiam e fazem estremecer de prazer, as que conhecem de cor cada recanto do nosso corpo, as que nos exaltam e aceleram o coração; há as que nos amparam e confortam em momentos de tristeza, e tantas, tantas outras.
Mas, antes e depois de todas elas, capazes de dizer mais que todas, mesmo no maior silêncio, estão as que primeiro pegaram em mim, me ensinaram o mundo e, ainda hoje, quando me afagam a cabeça ou me acariciam, me enchem de uma doce tranquilidade; e me dão a certeza que os afectos são o maior e o melhor que eu tenho e o que, mais que qualquer outra coisa, dá sentido aos meus dias.
Por isso, tantas vezes, um abraço apertado ou uma mão que segura a minha mão já bastam para me fazer imensamente feliz.

2 comentários:

  1. Deslumbrante texto ! Não há muito mais a acrescentar!
    Beijinho Isabel.

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    1. Obrigada, Madalena! Bom, mas pode-se sempre acrescentar mais...
      Se o escrevesse agora, se calhar já saía diferente. ;)

      Beijinho

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