terça-feira, 31 de março de 2015

Estranha(s) forma(s) de ser


Tendemos a apreciações e avaliações precipitadas e com frequência entendemos mal, e até estranhamos, que possa haver quem tenha reacções diferentes das que teríamos em idênticas circunstâncias.
Porque apesar dos nossos bons princípios, de nos acharmos compreensivos, flexíveis e adequadamente condescendentes, quase todos lidamos mal com a dissemelhança e a diversidade, que nos apressamos a rotular como esquisita, pouco normal, bizarra e outras coisas no género. Idealizamos e buscamos a alteridade, mas ela incomoda-nos e assusta-nos, numa mistura de atracção e temor, às vezes difícil de assimilar e de gerir.
E, por isso, gostar das pessoas como elas são em vez de como gostaríamos que fossem, resistindo a querer modificá-las, é uma lenta e penosa aprendizagem, e não deixa de ser, também, uma belíssima prova de amor.
 

4 comentários:

  1. Aceitar o outro como é e como pode ser é uma das maiores provas de amor que podemos dar.
    Beijinho

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    1. É a vida que no-lo ensina. Mas não deixa de ser difícil...

      Beijinho também para si, Miss.

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  2. Às vezes, quase sempre, pensamos que o bom senso apenas mora em nós: quanta presunção.

    (Uma chalaça: as mulheres casam com os homens apesar dos seus defeitos com a esperança que eles mudem, mas nunca mudam. Os homens casam com as mulheres em virtude dos seus atributos na esperança que nunca mudem, mas mudam...)

    Beijinho :)

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    1. Isso mesmo Paulo, eu também acho que é quase sempre assim.

      Não sei se inventou essa "chalaça", mas apesar de ter piada não é real. É que na verdade todos mudamos de algum modo, não como nem porque os outros queiram, mas pelo que vamos vivendo e assim ;)

      Beijinho :)

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