sábado, 15 de agosto de 2015

Sem "vocação para o martírio"


Ainda ontem, depois de um animado jantar de amigos, pensava nesta coisa dos afectos, que têm na minha vida um lugar central, como provavelmente acontecerá com quase todas as pessoas. 
Tenho um coração enorme, mas quem lá está ocupa um espaço muito grande e, por isso, não cabe toda a gente.
Há os que vêm para ficar, de quem eu gosto desmedidamente, e por quem sou capaz de tudo. São os que me ajudam a viver melhor, aqueles que me enchem a vida com mimos e cuidados e que, na sua singularidade toda especial, me fazem sentir feliz, me fazem falta, com quem gosto de estar e de falar,  -  apesar das minhas manias de liberdades e independências, de que a minha mãe  tanto me "acusava"  - e a quem quero sempre muito bem.
E depois, às vezes, também me engano, acredito em quem não devo, deixo-me levar pelo que parece mais do que pelo que é. Mas quando isso acontece, e passada a desilusão momentânea, o caminho segue igual. Porque no meu coração e na minha vida só está quem tem que estar. E quem o merece. É que, parafraseando uma amiga minha, também eu "não tenho vocação para o martírio..."

Sem comentários:

Enviar um comentário