quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Tempo


Li no DN que Léo Ferré teria feito ontem 100 anos. Apesar de o ter chegado a ver ao vivo, não está entre os meus preferidos da Chanson française. Ainda assim, é um nome incontornável  juntamente com os de Brel, Brassens, Ferrat, Reggiani, Moustaki, uma figura marcante pela sua irreverência e combatividade, que revolucionou a música e a aproximou um pouco mais da poesia.
Avec le temps é talvez a sua canção mais conhecida e é também aquela de que eu mais gosto. Mas não admira. Sou relativamente obcecada com o tempo, o que explica em parte a minha enorme paixão por relógios e o deslumbramento pelo seu carácter passageiro, simbolicamente representado pela metáfora da corrente do rio, numa difusa efemeridade que torna cada momento único e irrepetível; e, simultaneamente, a noção clara disto que a vida me foi ensinando: que só o presente importa e que temos que aproveitar cada dia, não apenas como mais um dia, mas como uma dádiva da existência.
Aqui fica pois o Ferré, em jeito de homenagem, ou seja lá do que for...

4 comentários:

  1. Também gosto muito desta canção. Ouvi, num destes dias, uma interpretação deste tema na Antena 1 que adorei. Só que não fixei o nome da intérprete e não consegui recuperá-la.
    Leo Ferré também não é dos meus intérpretes preferidos mas tenho a sensação que quanto mais o ouço mais o vou apreciando. :)

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    1. Será esta, meio flamenca, Luísa?
      https://www.youtube.com/watch?v=DVbhDeInpYM
      É a única versão feminina que conheço, mas prefiro a do Ferré.

      Vem aí o Aznavour. Vai ver? Eu nunca o vi, mas ainda estou na dúvida. Os bilhetes são carotes. ;)

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    2. Não é essa versão, Isabel. Era uma versão "clássica".
      O Aznavour? Gostava de assistir, sem dúvida. Mas fui ver o preço dos bilhetes e não sei, não... Dói um bocado. :)

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    3. Pois, também é essa a minha hesitação. Mas é uma oportunidade única. Vou pensar mais um bocadinho no assunto. :)

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