sexta-feira, 31 de março de 2017

Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim

Talvez porque o meu pai era por feitio ou educação um pouco mais frio e distante, a minha mãe deu-mo em doses  redobradas, segundo aquele princípio, em que eu também acredito piamente, de que o mimo nunca é demais.
E por isso me fiz assim, sensível e emotiva, signo peixes dos pés à cabeça, muito dada a afectos e meiguices de todo o tipo, sem chegar ao enjoativo nem lamecha.
Os franceses têm para isto uma palavra que eu adoro - câlins - que é essa mistura de toque e sentimento, que é amor, carinho, amizade, e  nos enche o coração.
Claro que há também os momentos de arrepio no encontro da pele com a pele, abraços que não se esquecem e se gostaria de poder eternizar, e o desejo que toma às vezes conta de tudo e ocupa o coração e a cabeça, o corpo, a alma e a vida, que é passado, presente e futuro, todas as horas confundidas em estremecimento e prazer. E uma voz que murmura baixinho ao nosso ouvido, um beijo longo no pescoço, vontades lidas no silêncio do fundo de um olhar... Gosto de tudo.

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