terça-feira, 7 de março de 2017

Um dia, muitos anos

Há dias que passam devagar e outros que parecem correr mais do que queremos. E assim, somando uns e outros, vão passando muitas horas, dias, anos, fluindo com o tempo.
Este é o dia que eu queria prolongar para poder saboreá-lo em cada instante, como quem prolonga o prazer. Porque me sinto feliz de ter nascido neste dia 7, com toda a simbologia que ele encerra, e gosto sempre de o comemorar em grande estilo.
Com a idade vai-se aprendendo a dar mais valor ao que realmente importa, a aproveitar melhor cada momento de felicidade, a relativizar os erros de percurso e as fragilidades de antes e de agora. Perdem-se as vergonhas quase todas e vive-se mais genuína  e plenamente. Perde-se a frescura e o viço, mas ganha-se a sabedoria e a serenidade. Às vezes ainda volto a sentir-me pequenina, quando a minha mãe passa a mão na minha cara e isso  me sabe a mimo e a colo. Mas na verdade já sou muito antiga, embora raramente sinta o peso dos anos, que o espelho me devolve em certos dias mais sombrios.
Hoje, gosto do que sou, mesmo sabendo-me imperfeita e inquieta, sempre à procura de mais e melhor, porque nunca nada está completo, nem é definitivo. Ver, experimentar e aprender continua a ser o que me move e apaixona. E falta tanta coisa...
Mas hoje, este dia é de festa, e é todo meu. E gosto dele ainda mais por isso mesmo... E por me trazer como presente a euforia da Primavera antecipada, embrulhada no carinho de quem me quer bem...

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